quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Relações entre internet e museus

Artigo: CARVALHO, Rosane Maria Rocha de. Comunicação e informação de museus na internet e o visitante virtual. Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio. Vol.l, nº1 – jul/dez de 2008. p. 83 -93.

Relações entre internet e museus.

Este artigo desenvolve três grupos de questões relacionadas a museus na internet: os conceitos e definições, as pesquisas e o quanto as tecnologias da informação influenciam o visitante.
Este artigo é parte da tese de doutorado em Ciência da Informação da autora: “As transformações da relação museu e público: a influência das tecnologias da informação e comunicação no desenvolvimento de um público virtual”, defendido em 2005, no Curso de Doutorado em Ciência da Informação da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Para desenvolvimento desta pesquisa, a parte empírica foi dividida em duas etapas: a primeira analisou as mensagens enviadas por e-mail pelos usuários do Museu Histórico Nacional (MHN). A segunda parte compreendeu uma pesquisa de público virtual, a qual foi enviado um questionário para averiguar se o público da rede é o mesmo que visita o MHN e qual a visão deste público virtual.

Conceitos de museus na internet: (SCHWEIBENZ, Werner, 2004)

O museu folheto: este é um site que contém a informação básica sobre o museu, como os tipos de coleção, detalhes de contatos, etc.
O museu conteúdo: este é um site que apresenta os museus, que possuem serviços de informação, e convida o visitante virtual a explorá-los online.
O museu do aprendizado: este é um site que oferece diversos pontos de acesso para seus visitantes virtuais, de acordo com suas idades, antecedentes e conhecimento. A informação é apresentada de maneira orientada contexto em vez de ao objeto. O site é desenvolvido didaticamente e relacionado através de links a informações adicionais que motivam o visitante virtual a aprender mais acerca de um assunto de seu interesse e a revisitar o site.
O museu virtual: o museu virtual não tem acervo físico. Neste sentido, coleções digitais são criadas sem contrapartida no mundo físico.


PONTOS FORTES
- Analisar os vários tipos de ações que o museu possa desenvolver na Internet (p.83);
- O museu virtual não é competidor ou perigo para o museu de ‘pedra e cal’ porque, pela sua natureza digital, não pode oferecer objetos reais aos visitantes, como o museu tradicional faz. (p. 84)
- Ao mesmo tempo o museu virtual vai atingir os visitantes virtuais que podem nunca ter tido a possibilidade de visitar um certo museu pessoalmente. (p. 84)
- A existência simultâneas de museus físicos e eletrônicos constitui uma marca deste século no âmbito cultural contemporâneo. (p. 84)


PONTOS FRACOS
- Para alguns museus, especialmente para museus de arte que apreciam o ideal da “coisa real” e sua aura, pode não ser uma idéia agradável tornar-se virtual. (p.85)
- O site do MHN caracteriza-se como museu folheto, pois apresenta informação básica sobre o museu, contudo, poderia se transformar em museu de conteúdo. (p.91)

DESAFIOS
- Os recursos eletrônicos poderiam propiciar maior disseminação e transferência da Informação?
- Como o mundo digital estimula ou altera o trabalho do museu “presencial”? Quais são suas forças e fraquezas? O museu virtual aponta a morte do museu como nos conhecemos? (p.84)
- O potencial de que aumente o público virtual é muito maior do que o presencial, na medida em que mais pessoas vão se habilitando a acessar a internet.

- Na medida em que usuários das classes econômicas menos favorecidas tenham acesso à internet, estes sites terão sua importância ampliada. O acesso à cultura é uma forma de inclusão social e de exercer a cidadania. (p.90).






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