Artigo: CARVALHO, Rosane Maria Rocha de. Comunicação e informação de museus na
internet e o visitante virtual. Revista Eletrônica do Programa de
Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio. Vol.l, nº1 – jul/dez de 2008. p. 83
-93.
Relações
entre internet e museus.
Este artigo desenvolve três grupos de questões
relacionadas a museus na internet: os conceitos e definições, as pesquisas e o
quanto as tecnologias da informação influenciam o visitante.
Este artigo é parte da tese de doutorado em Ciência da
Informação da autora: “As transformações da relação museu e público: a
influência das tecnologias da informação e comunicação no desenvolvimento de um
público virtual”, defendido em 2005, no Curso de Doutorado em Ciência da
Informação da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Para desenvolvimento desta pesquisa, a parte empírica foi
dividida em duas etapas: a primeira
analisou as mensagens enviadas por e-mail pelos usuários do Museu Histórico
Nacional (MHN). A segunda parte
compreendeu uma pesquisa de público virtual, a qual foi enviado um questionário
para averiguar se o público da rede é o mesmo que visita o MHN e qual a visão
deste público virtual.
Conceitos de
museus na internet: (SCHWEIBENZ, Werner, 2004)
O museu
folheto: este é um site que contém a
informação básica sobre o museu, como os tipos de coleção, detalhes de
contatos, etc.
O museu
conteúdo: este é um site que
apresenta os museus, que possuem serviços de informação, e convida o visitante
virtual a explorá-los online.
O museu do
aprendizado: este é um site que
oferece diversos pontos de acesso
para seus visitantes virtuais, de acordo com suas idades, antecedentes e
conhecimento. A informação é apresentada de maneira orientada contexto em vez
de ao objeto. O site é desenvolvido didaticamente e relacionado através de
links a informações adicionais que motivam o visitante virtual a aprender mais
acerca de um assunto de seu interesse e a revisitar o site.
O museu
virtual: o museu virtual não tem
acervo físico. Neste sentido, coleções digitais são criadas sem contrapartida
no mundo físico.
PONTOS
FORTES
- Analisar os vários tipos de ações que o museu possa
desenvolver na Internet (p.83);
- O museu virtual não é competidor ou perigo para o
museu de ‘pedra e cal’ porque, pela sua natureza digital, não pode oferecer
objetos reais aos visitantes, como o museu tradicional faz. (p. 84)
- Ao mesmo tempo o museu virtual vai atingir os
visitantes virtuais que podem nunca ter tido a possibilidade de visitar um
certo museu pessoalmente. (p. 84)
- A existência simultâneas de museus físicos e
eletrônicos constitui uma marca deste século no âmbito cultural contemporâneo.
(p. 84)
PONTOS
FRACOS
- Para alguns museus, especialmente para museus de
arte que apreciam o ideal da “coisa real” e sua aura, pode não ser uma idéia
agradável tornar-se virtual. (p.85)
- O site do MHN caracteriza-se como museu folheto,
pois apresenta informação básica sobre o museu, contudo, poderia se transformar
em museu de conteúdo. (p.91)
DESAFIOS
- Os recursos eletrônicos poderiam propiciar maior
disseminação e transferência da Informação?
- Como o mundo digital estimula ou altera o trabalho
do museu “presencial”? Quais são suas forças e fraquezas? O museu virtual
aponta a morte do museu como nos conhecemos? (p.84)
- O potencial de que aumente o público virtual é muito
maior do que o presencial, na medida em que mais pessoas vão se habilitando a
acessar a internet.
- Na medida em que usuários das classes econômicas
menos favorecidas tenham acesso à internet, estes sites terão sua importância ampliada. O acesso à cultura é uma
forma de inclusão social e de exercer a cidadania. (p.90).
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