Resumo: «A presente dissertação aborda e define os processos de incorporação e de desincorporação de objectos nos museus, entendendo o museu enquanto conceito universal, isto é, atravessando tipologias museais e fronteiras geográficas. As questões que envolvem a incorporação, a permanência e a desincorporação de objectos no museu são aqui examinadas, bem como analisados os seus conceitos. Com base numa análise teórica, pretendem encontrar-se respostas para questões como “o que guardam os museus?”, “porque razões o guardam?” e “para que servem e a quem interessam os objectos de museu?”.
São analisados dois sistemas museológicos aparentemente opostos, em que o maior ou menor grau de “desprendimento” relativamente aos objectos, revela dois modos diferentes de ver e interpretar a instituição museal: o sistema anglo-saxónico, centralizado nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, caracterizado pela visão do museu enquanto museu-escola, e o sistema latino, centralizado na França, caracterizado pela visão do museu enquanto museu-templo. Sensivelmente entre os dois situa-se o modelo português. Claramente derivado da tradição francesa, por óbvias razões culturais, seria contudo marcado pela tradição britânica. Assim, percebe-se, pela análise do estatuto das colecções públicas portuguesas que, não obstante a enunciação inequívoca – mas não enfática – da sua inalienabilidade, se tenham previsto tantas portas de saída para os objectos.»
Fonte: http://nomundodosmuseus.hypotheses.org/
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