terça-feira, 19 de julho de 2011

Boal deixa o Brasil

BRASIL, São Paulo - Sem apoio do governo ou da iniciativa privada, viúva do dramaturgo leva o acervo para os EUA

A argentina Cecília Boal está decidida: até o fim do ano, parte do acervo de seu marido, o diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta carioca Augusto Boal, que fundou o Teatro do Oprimido, foi eleito embaixador mundial da Unesco e morreu de leucemia em maio de 2009, migra para os Estados Unidos, sob a tutela da New York University (NYU). Segundo a psicanalista, que foi casada por 40 anos com o diretor que uniu teatro e ação social, trata-se da única saída possível ante a deterioração do material. “Não recrimino, nem me queixo do Brasil”, diz Cecília. “Mas este país é jovem e, apesar de estar progredindo, ainda não tem interesse em cultivar a memória de seus ícones”. Com a ajuda de amigos, Cecília descobriu recentemente que gastaria aproximadamente US$ 500 mil se quisesse limpar, catalogar e digitalizar no Rio os 20 mil textos, 300 horas de vídeo, 120 horas de áudio, 2 mil fotografias, 120 cromos e diversos desenhos (sim, Boal desenhava!) que o marido arquivou.

Fonte: O Globo - Cristina Tardáguila

http://www.revistamuseu.com.br/noticias/not.asp?id=29481&MES=/7/2011&max_por=10&max_ing=5#not

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